Perdidos no Espaço

Boa a série "Perdidos no Espaço", da Netflix, que mostra a luta da família Robinson para escapar de um planeta hostil e da rede de mentiras criada pela vilã Doutora Smith(Parker Posey). Na trama, um acidente na gigantesca nave que os levava da Terra até a colônia humana em Alpha Centauri força os Robinsons a usar a "Júpiter 2" para buscar abrigo em um planeta repleto de ameaças.

Os dez episódios desta temporada inicial focam na ação, geram alguns bons momentos de tensão e apresentam de forma competente os carismáticos integrantes da família de protagonistas: o militar John(Toby Stephens), a brilhante Maureen(Molly Parker), a corajosa Judy(Taylor Russell), a debochada Penny(Mina Sundwall) e o menino Will(Maxwell Jenkins). A relação entre o mais jovem dos Robinsons com o Robô, uma letal máquina assassina alienígena, ganhou merecido destaque e gerou algumas das cenas mais legais da produção.

A vilã vivida por Posey caiu no lugar-comum em algumas situações mas no geral cumpriu bem seu propósito de antagonista. Achei o episódio final meio estranho, pois muita coisa acontece em apenas 50 minutos e algumas delas poderiam ter sido melhor exploradas. Apesar disso, o gancho deixado para uma possível segunda temporada foi ótimo(com os Robinsons, Smith e Don West(Ignacio Serricchio)) perdidos para valer) e personagens fortes como Maureen, Penny e o Robô(Brian Steele) merecem ganhar novas aventuras.

* "Perdidos no Espaço" surgiu como uma série bem divertida(criada por Irwin Allen) nos anos 1960 e virou filme em 1998. Não gostei na primeira vez que assisti, mas depois passei a apreciar a produção, que conta com um elenco estrelado(formado por Gary Oldman, William Hurt, Mimi Rogers, Matt LeBlanc, Heather Graham e Lacey Chabert) e foi corajosa ao explorar um aspecto mais sombrio das viagens no tempo. A série sem dúvida merece ser assistida novamente e o filme(que tem 130 minutos e foi dirigido por Stephen Hopkins) leva uma nota 7.