5/23/2018

O Conto da Aia


Muito boa a série "O Conto da Aia", que mostra um futuro onde a humanidade passa por uma grave crise de infertilidade e os Estados Unidos foram dominados por um grupo de fanáticos religiosos, que governam o país com mão de ferro, exterminando todos que não encaixam-se em sua visão torpe do mundo e das palavras da Bíblia.


Neste cenário desolador e sombrio, acompanhamos a trajetória de Offred(cujo nome real é June, interpretada por Elisabeth Moss), uma mulher que pode ter filhos e por isso foi condenada a atuar como uma aia, sendo forçada a ter relações sexuais com um dos comandantes(Joseph Fiennes)da nova nação, para que possa dar a ele e à esposa infértil(Yvonne Strahovski) um filho.


As mulheres perderam todos seus direitos, não tendo mais posses e sendo proibidas inclusive de ler. Até mesmo suas identidades foram usurpadas, tanto que todas as aias - por exemplo - são conhecidas pelos nomes de seus comandantes(Offred = of Fred = do Fred). June é casada e tem uma filha, da qual foi separada quando tentava escapar para o Canadá, em fatos que são mostrados em tensos flashbacks. Seu marido escapou com vida e agora faz parte da resistência.


É claro, também, que o discurso de que a família e os costumes religiosos são importantes passa longe de ser cumprido pelos líderes desta nova ordem, que mostram-se como corruptos, vaidosos e hipócritas e divertem-se traindo suas esposas em bórdeis secretos.


A série conta com um visual esmerado e a história é sensacional e rendeu alguns momentos bem tristes e impactantes ao longo dos dez capítulos da primeira temporada. Elisabeth Moss tem uma grande atuação, assim como todo o elenco. Destaco ainda a ótima participação da atriz Alexis Bledel, cuja personagem sofreu bastante nas mãos dos frios governantes da República de Gileade.

* A série é baseada no livro de mesmo nome lançado pela canadense Margaret Atwood em 1985.


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