3/29/2017

Patrulha do Destino: O Ônibus Mágico


"Todo dia se aprende alguma inutilidade nova."
Ótimo o encadernado "Patrulha do Destino: O Ônibus Mágico", que trouxe mais sete histórias da Patrulha escrita por Grant Morrison e desenhada por Richard Case(Philip Bond e Ken Steacy também participaram deste volume). Nas duas primeiras histórias, vemos a Irmandade do Dadá atravessando os Estados Unidos em um ônibus mágico que simula os efeitos do LSD.


O plano maluco da Irmandade era lançar o seu líder, o Sr. Ninguém, como candidato à presidência, com o ótimo slogan "Ninguém Para Presidente". Toda a viagem desejada pelos dadaístas acaba sendo contida pelo governo, que libera sobre os vilões o bizarro agente John Dandy, o mestre dos disfarces(que, antigamente, usava o codinome "Yankee Doodle"). A Irmandade acaba sendo destruída momentos antes da chegada atrasada de sua última integrante, a supervilã Brinquedo.


Na aventura seguinte, testemunhamos um sonho de Danny, a Rua, que serviu como uma grande homenagem aos gibis antigos e ao mestre Jack Kirby. Neste sonho, a Patrulha virou a Legião do Estranho, equipe similar ao Quarteto Fantástico. A Legião(formada por Autômato, Chefe, Homem-Negativo e Elastimulher) enfrenta a invasão extradimensional de Celestius, o Deus-Homem. Celestius, uma imitação de Galactus, tinha como arauto o esquisito Guru do Infinito. A boa trama contou ainda com uma estranha versão super-heróica de John Constantine.


Nas histórias seguintes, vemos a Patrulha do Destino defazer-se aos poucos e sendo incapaz de conter as perigosas ameaças que surgem contra a humanidade. O primeiro a deixar a equipe é Rebis, que mergulha numa complicada investigação sobre quem realmente é. Ficamos sabendo que o nome do ser de energia é Mercurius e que Eleanor Poole e Larry Trainor foram mortos no processo que originou Rebis.

Na sequência, a tragédia recai sobre Crazy Jane, que perde o controle de vez ao lembrar-se de como surgiu, após ser estuprada em uma igreja na Páscoa e de ter matado de forma violenta seu estuprador. Após enfrentar alguns policiais em Metrópolis, Jane volta para casa e revive mais algumas memórias bem traumáticas de sua infância.


Enquanto isso, a jovem Dorothy vê-se cada vez mais atormentada por uma de suas criações, o Candelabro, um ser que deseja espalhar a morte e o caos pelo mundo. Dorothy vai com Joshua até o Q.G. da Patrulha em Rhode Island atrás da ajuda de Niles Caulder que, paranóico em relação às suas mais recentes invenções, assassina o herói à queima-roupa.


A morte de Joshua faz com que Dorothy fique sozinha e o Candelabro acaba escapando de sua "prisão" e vindo para o mundo real. Após não conseguir encontrar Crazy Jane, o Homem Robô vai atrás de Caulder e, para sua surpresa, descobre que o Chefe não está mais inválido e é aprisionado por ele, que revela que manipulou maquiavelicamente todos os eventos que levaram à criação da Patrulha original.

Caulder diz ainda que pretende usar a poderosa máquina(uma inteligência artificial que faz uso da nanotecnologia para funcionar) "Pensotanque" para reconstruir todo o mundo à sua maneira, fazendo com que todas as pessoas passem pelas dolorosas transformações sofridas por Steele, Trainor e Rita Farr.


Caulder teve seus sinistros planos interrompidos pelo Candelabro, que tomou controle de um poderoso corpo artificial criado pelo cientista e, logo em seguida, matou o Chefe(arrancando a sua cabeça) e destruiu o cérebro de Cliff Steele. Esse volume terminou assim, com a Patrulha devastada e um grande supervilão à solta. Bem parecido com os gibis de heróis tradicionais, é verdade, mas realizado de forma totalmente diferente e surpreendente por Morrison e Case.

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