6/03/2017

Mulher-Maravilha


Bom o filme da "Mulher-Maravilha"("Wonder Woman", 2017, Dur.: 141 min., Dir.: Patty Jenkins), que conta a história de Diana(Gal Gadot), princesa das amazonas, que foi esculpida no barro por sua mãe e ganhou vida graças aos poderes de Zeus. Desde pequena, Diana foi treinada para ser uma guerreira e com o tempo descobriu que tinha habilidades únicas e era a mais forte representante de seu povo.


Após a queda acidental de Steve Trevor(Chris Pine) na paradisíaca ilha de Themyscira, Diana fica sabendo da existência de um sangrento conflito no mundo dos homens(a Primeira Guerra Mundial) e decide partir junto com ele para confrontar Ares, o Deus da Guerra, que ela acredita ser o responsável pela situação que já causou tantas mortes e sofrimento.


Trevor, por sua vez, também tem uma missão: acabar com os planos do General Ludendorff(Danny Huston) e da cientista Isabel Maru(Elena Anaya), que estão desenvolvendo um poderoso gás capaz de sobrepujar as máscaras protetoras e exterminar todos os inimigos de uma vez. A criação da "Doutora Veneno" pode virar a maré da guerra, que estava sendo vencida pelos aliados e rumava para uma rendição da Tríplice Aliança.


Diana e Trevor formam uma pequena equipe e vão até a linha de frente da guerra, onde participam ativamente da batalha e lutam para impedir os planos malignos de Ludendorff e Maru. Gostei bastante da parte do filme que passa-se em Themyscira, e é uma pena que a cultura da ilha não tenha sido mais explorada.


A chegada de Diana na opressora e cinzenta Londres também não decepciona, apesar da onipresente sequência da "troca de roupas" dar as caras. O alívio cômico trazido por Etta Candy(Lucy Davis) - secretária de Trevor - foi feito na medida certa, ao contrário do que ficou transparecendo nos trailers.


Aí chegamos na parte da guerra, que acaba sendo o ponto alto da produção, com cenas de ação sensacionais e vários questionamentos de Diana sobre a verdadeira natureza dos homens. Gadot brilha nas batalhas(como já era esperado e pudemos conferir em "Batman vs. Superman") e mostra que é uma ótima atriz, pois consegue expressar com competência todas as angústias e incertezas da amazona.


Só não gostei muito da reta final, quando Diana enfim descobre onde Ares estava escondendo-se para manipular a humanidade(e, eventualmente, exterminá-la). As cenas que trazem esta revelação e também o combate final da Mulher-Maravilha com o Deus da Guerra ficaram bem esquisitas, mas não chegaram a comprometer todo o bom trabalho construído até então.


O filme da Princesa Amazona sofreu com vilões fracos(a conclusão dada para a Doutora Veneno também deixa a desejar) mas acabou sendo bem-sucedido graças ao bom trabalho de Gadot e à riqueza da personagem, que certamente merece novas produções solo. Basta apenas encontrar adversários dignos de todo o poder e a ira de Diana Prince. Nota: 8.

* Merecem destaque ainda as presenças de Connie Nielsen como a Rainha Hipólita(que certamente merecia mais tempo em cena) e de Robin Wright, que fez Antiope, amazona responsável pelo severo treinamento de Diana.


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