8/17/2016

Esquadrão Suicida


Gostei do filme "Esquadrão Suicida"("Suicide Squad", 2016, Dur.: 123 min., Dir.: David Ayer), que mostra o governo dos EUA criando uma equipe de supervilões para lidar com as superameaças que começam a surgir pelo país. A "Força Tarefa X" foi organizada por Amanda Waller(Viola Davis) e é liderada em campo pelo agente Rick Flagg(Joel Kinnaman). Os dois carregam um dispositivo que pode explodir as cabeças dos vilões caso eles rebelem-se ou tentam escapar. Além deste subtefúrgio, os criminosos são "incentivados" também por uma redução de suas penas a cada missão realizada.

A história é bem simples, e começa apresentando todos os membros da equipe, que não demora muito para sair em sua primeira missão. Nela, os "heróis" enfrentam Magia(Cara Delevingne) e seu irmão, dois poderosos feiticeiros vindos de outra dimensão que planejam dominar a humanidade e instalaram o caos em Midway City, escravizando seus habitantes e transformando-os em monstros.


Magia foi uma das primeiras meta-humanas alistadas por Waller mas conseguiu usar suas habilidades para escapar de seu domínio e contra-atacar. O outro problema enfrentando pelo Esquadrão ao longo da produção são os ataques do Coringa(Jared Leto), que tenta resgatar sua amada Arlequina(Margot Robbie) das garras do governo. Infelizmente, o Coringa de Leto não convence em nenhum momento e passa vergonha se comparado às outras versões do personagem no cinema.


Já a Magia de Delevingne tem alguns bons momentos, principalmente nas cenas que mostram seus poderes em ação e todo o sofrimento vivenciado por June Moon, a hospedeira humana da feiticeira extradimensional. A Arlequina também ficou legal, sempre soltando piadinhas e sendo bem efetiva nas cenas de ação. Margot Robbie rouba todas as suas cenas, ajudada(é claro) pelo visual extremamente sensual criado para a personagem. O uniforme clássico vermelho e preto é visto na tela(numa bela homenagem à Alex Ross) e bem que poderia ter sido usado.

Além da forte e competente figura de Amanda Waller, outro ponto forte da produção foi a presença do Pistoleiro(Will Smith), que ganhou uma personalidade bem interessante e foi um dos personagens mais bem construídos(toda a história com sua filha funciona perfeitamente). Os outros membros do Esquadrão ficam na sombra de Smith e Robbie, é claro, mas ainda assim conseguem brilhar em alguns momentos.


Dentre eles, o mais legal acabou sendo o pirocinético Diablo(Jay Hernandez), que tem seu comportamento no presente muito bem justificado por uma grande tragédia pessoal. O Capitão Bumerangue(Jai Courtney) e o Crocodilo(Adewale Akinnuoye-Agbaje) foram bem mais ou menos, a Katana(Karen Fukuhara) decepcionou(apesar do belo visual, apareceu do nada e ficou bem superficial) e o Amarra(Adam Beach) praticamente inexistiu.

Com tantos personagens em cena e muita coisa acontecendo, tudo acabou ficando bem corrido, apesar das mais de 2 horas de duração e dos noticiados inúmeros cortes. Achei boa a forma como os personagens foram introduzidos e gostei das cenas de ação, só senti falta de inimigos melhores(a ameaça mágica ficou bem genérica) e aquele reaparecimento do Coringa no fim foi bem desnecessário.


Podia ser melhor? Podia, mas o filme não é a tragédia total que foi pintada por alguns críticos. A produção cita eventos mostrados nos filmes do Superman, conta com a imponente presença do Batman(Ben Affleck) e com uma rápida(hehe) participação do Flash(Ezra Miller). Uma continuação pode até funcionar, mas o Coringa precisa ser descartado de forma urgente. Nota: 7.

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