Black Hammer 4

 

Bom o quarto volume de "Black Hammer", que trouxe a segunda parte do arco "Era da Destruição", em sete aventuras escritas por Jeff Lemire e desenhadas por Rich Tommaso e Dean Ormston. A trama começa com o Coronel Weird desaparecendo logo após a saída do grupo da Parazona e indo parar em um espaço branco, para logo em seguida cair em um planeta habitado por personagens que não vingaram, de histórias incompletas. 

Lá, ele enfrenta os Infernentais e conhece alguns novos aliados, como o Inspetor Inseto, a Senhorita Raiolunar(uma mistura de Mulher-Maravilha com Promethea) e a Gansa de Ouro. O lugar é atacado pelo Antideus e o Coronel só consegue escapar graças à ajuda da Gansa de Ouro, que sabia o caminho de volta para Spiral City e o conduziu até a saída: as mentes dos criadores de todas as histórias já contadas.

A seguir, vemos que Lucy Weber, Abe e Barbalien não lembram-se de nada do que aconteceu e estão vivendo em mundo onde a realidade foi apagada e reescrita e os super-heróis jamais existiram. Este cenário só muda depois que Lucy é contatada por Talky-Walky, recupera seu martelo e volta a ser a Black Hammer. A dupla vai aos poucos resgatando seus companheiros e, após o retorno do Coronel Weird, todos vão até Marte para trazer Barbalien de volta ao jogo. 

Neste momento, Lucy é transportada ao Novo Mundo e tem uma emocionante conversa com o espírito de seu pai, que diz que o equilíbrio cósmico só poderá ser restaurado se os heróis desaparecerem mais uma vez. Dessa forma, o Antideus não poderia manifestar-se totalmente e muitas vidas seriam poupadas em todo o universo. Lucy conta este novo plano para os colegas e sugere que eles vão encontrar a única pessoa capaz de realizá-lo: a Madame Libélula. 

Ao contrário dos outros, Libélula manteve as suas memórias graças à magia e decidiu aproveitar este novo começo para criar uma família perfeita para si. Após desculpar-se por sua traição anterior, ela concorda em usar seus poderes para fazer com que toda a equipe desaparecesse novamente. Até mesmo Gail concordou com o plano, convencida depois que seu amado Sherlock Frankenstein a reencontrou e disse que partiria junto com ela. 

Com o Antideus prestes a atacar novamente, Libélula conjurou um novo feitiço e criou uma nova realidade localizada dentro de seu ser. Lá, todos os personagens vivem como uma família harmoniosa e finalmente estão felizes. Black Hammer ficou para trás - pois sua existência não perturba o delicado equilíbrio entre o bem e o mal - e é agora a grande protetora de Spiral City. 

Este volume teve mais um festival de reviravoltas e gostei do final, que a princípio parece anti-climático mas faz todo o sentido, já que esta nunca foi uma série sobre super-heróis e suas costumeiras grandes batalhas mas sobre o poder da família. Poder este que mantém unida até mesmo uma família disfuncional e extremamente complicada como a de Abe, Gail, Barbie e companhia.