4/11/2018

Jogador Nº 1


Muito bom o filme "Jogador Nº 1"("Ready Player One", 2018, Dur.: 140 min., Dir.: Steven Spielberg), que mostra um futuro onde a humanidade passou por várias crises e todos perderam o interesse no superpopulado e tedioso mundo real. Neste cenário desolado, todas as pessoas literalmente passam suas vidas conectadas no "Oasis", um exuberante mundo em realidade virtual onde tudo é possível.


A história mostra os esforços do jovem Wade Watts(Tye Sheridan) para encontrar um "easter egg" colocado no jogo por seu falecido criador que lhe dará uma fortuna no mundo real e também controle total sobre o ambiente virtual do "Oasis". Como o "super jogo" pode render milhões, Wade precisa enfrentar a oposição da maliciosa megacorporação "IOI", liderada pelo canalha Nolan Sorrento(Ben Mendelsohn).


Em sua batalha contra as forças de Sorrento, Wade contará com o apoio da rebelde Samantha(Olivia Cooke) - que quer vingança contra os desmandos da corporação na vida real -, de seu melhor amigo Aech(Lena Waithe) e dos guerreiros Sho(Philip Zhao) e Daito(Win Morisaki). A trama foca nesta "corrida ao tesouro" e funciona muito bem, com cenas de ação empolgantes e um visual espetacular.


Mas é claro que a grande graça da produção está no número imenso de referências à cultura pop dos anos 1980 que pipocam na tela desde o começo. Os avatares de Wade(Parzival), Samantha(Art3mis) e companhia interagem com elementos retirados do cinema, da TV, dos jogos, gibis e também da música, que sempre é um atrativo essencial em filmes como este. São tantas as referências que fica até injusto citar apenas algumas delas...


O filme consegue equilibrar bem o tempo de tela dos personagens reais e de seus "avatares" e encontra espaço para também viajar entre os gêneros, com alguns momentos de humor, terror e romance muito bem encaixados ao longo de sua vertiginosa ação. O final não decepciona(com direito à uma gigantesca batalha campal) e a mensagem de que "só a realidade é real" está mais atual do que nunca, já que vivemos imersos em nossos celulares e demais telas. Nota: 9.

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