9/07/2013

O Evangelho do Coiote

O roteirista Grant Morrison viajou na metalinguagem na história "O Evangelho do Coiote", publicada em "Animal Man 5"(e, no Brasil, em "DC 2000" 7). Na aventura, o Homem-Animal é um coadjuvante na bizarra saga de um coiote de desenho animado que queria que seus amigos tivessem paz(escapando de um ciclo interminável de perseguições e violência) e, para consegui-la, aceitou ser exilado por seu criador(seu Deus) para o mundo real, onde continua sofrendo bastante.



























Logo em sua chegada, o coiote é atropelado por um caminhoneiro, que é amaldiçoado por isso e volta ao deserto atrás de vingança. No mundo "real", o coiote continua constantemente regenerando-se de seus ferimentos, o que acaba lhe causando muita dor e sofrimento. Numa realidade onde o sangue e as tripas não são suprimidos, a existência de um personagem capaz de sobreviver a quedas enormes e a explosões não é nem um pouco divertida para a audiência.


























Não gostei muito dos desenhos, mas a história destaca-se por ser bem diferente do convencional e isso tem seu valor. A capa da edição é ótima, e as sequências que mostram o coiote Astuto são bem assustadoras. Nos quadrinhos finais, um pincel aparece colorindo o sangue saído do sofredor Astuto e a famosa despedida "Por Hoje é So Pessoal!" escancara ainda mais a bizarra homenagem feita a personagens como Tom, Jerry, Papa-Léguas e Coiote.


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