11/02/2018

Demolidor(Terceira Temporada)


Muito boa a terceira temporada de "Demolidor", que teve uma história envolvente, caprichou nas já conhecidas cenas de ação violentas e firmou ainda mais a série como a melhor de todas as produções da Marvel na Netflix(que recentemente cancelou duas delas: "Punho de Ferro"(que realmente não convenceu) e "Luke Cage"(essa ainda merecia mais uma chance, pois teve uma boa segunda temporada)).

Os treze episódios de "Demolidor" passam rápido e geraram um final que não decepciona, dando um desfecho apropriado para todos os personagens e apresentando mais um quebra-pau histórico entre o herói cego e seus inimigos. Um deles é o velho conhecido Rei do Crime, que voltou ainda mais assustador e manipulador, visto que conseguiu reerguer-se mesmo estando sob custódia das forças da lei.


A influência de Wilson Fisk no submundo da cidade é tamanha que ele conseguiu fazer com que o FBI atuasse como seu exército particular, corrompendo bons agentes como Ray Nadeem(Jay Ali) e Ben Poindexter(Wilson Bethel). O honesto Nadeem viu-se enrolado até o pescoço com as tramóias do Rei mas jamais aceitou esta situação e desempenhou um papel crucial na queda do criminoso. Já o instável "Dex" foi muito bem construído pelo roteiro, começando como um agente exemplar do FBI e terminando como o principal capanga do Rei.


Fisk soube usar as fraquezas de Dex para manipulá-lo e esta versão do conhecido vilão Mercenário ficou ótima, tanto nas cenas em que ele usa suas habilidades únicas para matar quanto na questão psicológica(que também originou alguns momentos bem intensos). O Mercenário não chega a usar seu traje clássico, mas - numa grande referência às HQs do Homem sem Medo - veste o do Demolidor e utiliza-o para realizar ações abjetas, numa brilhante estratégia para acabar com sua imagem junto ao público.

A série teve, então, bons antagonistas(a amada de Fisk, a sexy Vanessa(Ayelet Zurer), aparece pouco mas exala maldade), mas o trio de heróis também merece aplausos. Matt Murdock "ressuscitou" com sangue nos olhos, vestiu seu traje preto(que funcionou perfeitamente) e apanhou bastante ao longo dos treze capítulos, numa cruzada que pretendia encerrar com a morte de seu inimigo. Isso só não concretizou-se graças à interferência de Karen Page e Foggy Nelson.


Também dispostos à acabar com o Rei, mas não a matá-lo, os dois melhores amigos de Murdock usaram todas as armas que tinham para combater o mafioso. Ambos brilharam nesta temporada, Page como uma determinada jornalista investigativa(que teve direito até à um bom episódio quase solo, que revelou segredos de seu passado) e Foggy como um ousado conhecedor da lei criminal.

No meio desta ferrenha guerra contra o Rei, Murdock ainda teve tempo de descobrir que a freira Maggie(Joanne Whalley) é sua mãe e a relação do herói com a religião católica também ganhou certo espaço na série. Nos momentos derradeiros, Matt teve que "escolher" se matava ou não o Rei, e essa dúvida não poderia ser mais atual, numa sociedade que fomenta o ódio e as posições extremadas. Esta temporada 3 entra para a história por sua excelente qualidade e mostra que os super-heróis seguem em alta, e só precisam de tramas que respeitem suas essências para continuarem tendo sucesso nas telas.

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