X-Men: Apocalipse

Bom o filme "X-Men: Apocalipse"("X-Men: Apocalypse", 2016, Dur.: 144 min., Dir.: Bryan Singer), que mostra a equipe liderada por Charles Xavier(James McAvoy)enfrentando o vilão Apocalipse e seus planos de dominação mundial. Assim como os outros dois filmes mais recentes da franquia, este será analisado sem levar em conta toda a já conhecida bagunça cronológica promovida pela Fox.

A produção não chega a empolgar em nenhum momento, mas garante alguns momentos divertidos, com destaque para a participação de Mercúrio(numa cena que copia - com êxito - o que foi feito em "Dias de Um Futuro Esquecido") e para a batalha final contra Apocalipse.

Na trama, o mutante Apocalipse ressurge no Egito após ficar adormecido por mais de 3000 anos graças a uma traição de seus seguidores. Ele logo recruta quatro cavaleiros para protegê-lo e inicia uma cruzada que pretende eliminar do mundo as pessoas mais fracas.

O time do vilão é formado pelo Anjo((Ben Hardy) que mais uma vez não convence e sua presença nos anos 80 já meio que estraga tudo, pois da última vez ele foi visto no presente), Psylocke((Olivia Munn) que começa como uma capanga de Caliban(?!) e fala poucas palavras. Apesar do visual ter ficado bom, a personagem acabou falhando também), Tempestade((Alexandra Shipp) que se salva, por pouco, pois ficou com um visual legal e teve sua origem respeitada) e Magneto.

Erik Lehnsherr inicia o filme tocando uma nova vida que logo lhe é tomada. A tragédia pessoal é usada como desculpa para justificar a presença de alguém tão poderoso como um cavaleiro de Apocalipse, mas é outro ponto do filme que acaba não se sustentando. Felizmente, o talento de Michael Fassbender e a virada dos minutos finais impedem que a credibilidade do personagem seja perdida.

Uma investigação conduzida por Moira Mactaggert(Rose Byrne) e o ressurgimento de Magneto colocam os X-Men na linha de frente do combate contra o vilão, que decide mudar sua consciência para o corpo de Charles Xavier, cujas poderosas habilidades mentais lhe tornariam invencível de verdade.

O time dos X-Men é formado por Mística((Jennifer Lawrence) uma líder relutante que toma o lugar outrora ocupado por Wolverine na dinâmica da equipe), Fera((Nicholas Hoult) mais uma vez muito bem), Mercúrio(Evan Peters) e os "novatos" Ciclope((Tye Sheridan) em uma versão menos detestável que a anterior), Noturno((Kodi Smit-McPhee) cujo visual "emo" saído direto de "X-Men: Evolution" estraga a sua bela participação) e Jean Grey.

Como esperado, Sophie Turner está muito bem como a poderosa e atormentada telepata, cujos ilimitados poderes acabam salvando a pátria no final. A versão "Fênix Negra" não deve demorar para aparecer e, já que isso é meio inevitável, espero que desta vez eles façam direito.

Gostei de ver a trinca Ciclope, Noturno e Jean em ação, numa "vibe" que lembrou os melhores momentos dos dois primeiros filmes. É uma pena que a grande galeria de mutantes existentes e roteiros mal escritos tenham impedido a formação de equipes clássicas como a formada por Ciclope, Jean, Tempestade, Wolverine, Colossus, Kitty e Noturno, por exemplo. Tivemos apenas alguns lampejos deste e de outros times que ficariam perfeitos na tela grande.

O roteiro é bem simples e a impressão que fica é que tudo acontece rápido demais, desde a volta de Apocalipse, passando pelo tosco recrutamento dos cavaleiros, a derrota inicial dos heróis(com o rapto de Xavier, a obrigatória destruição da Mansão e a morte de um membros dos X-Men) até a chegada no confronto final.

Apocalipse(Oscar Isaac) é um bom vilão para o cinema, mas sua presença foi estragada pelo visual que tinha muito de "Power Rangers" e pouco do clássico e certo uniforme azul das HQs. Pipocam pela internet várias comparações que mostram que a escolha feita pelo filme acabou sendo equivocada.

Vale comentar ainda que Stan Lee novamente deu as caras, assim como Wolverine(em sua versão "Arma X", que acaba funcionando bem) e William Stryker(cuja presença eu já não aguento mais. Ele foi um grande vilão no segundo filme, mas não entendo porque sempre tem que aparecer...). O filme teve ainda a Jubileu(Lana Condor), que apresentou seu conhecido "look" nos gibis mas fica poucos minutos na tela.

Se você for fã dos X-Men, vá ver o filme com expectativa zero e talvez você se divirta como eu me diverti, num clima bem "Sessão da Tarde". Nota: 7,5.