11/03/2017

Thor: Ragnarök


Bom o filme "Thor: Ragnarök"(2017, Dur.: 130 min., Dir.: Taika Waititi), mas confesso que esperava mais, já que a obra adapta alguns momentos bem legais dos quadrinhos, como o arco "Planeta Hulk" e os confrontos de Thor contra o demônio Surtur e a deusa da morte Hela. Após começar num ritmo aceleradíssimo, a produção perde fôlego após o combate entre Hulk e Thor na arena de gladiadores(infelizmente "esgotado" pela campanha de divulgação) e só volta a empolgar no final, que ficou emocionante.


Na trama, Thor(Chris Hemsworth) volta para Asgard e descobre que Loki(Tom Hiddleston) tomou o lugar de Odin(Anthony Hopkins) e enviou-o para a Terra. Após uma conversa muito interessante com o Doutor Estranho(Benedict Cumberbatch), os dois irmãos localizam o Pai Supremo, que revela estar prestes a morrer, o que desencadeará o Ragnarök(a queda de Asgard e dos deuses), trazido pelas mãos de Hela.


A deusa da morte não demora para aparecer e destrói Mjolnir na batalha que se segue, que é interrompida quando Loki tenta fugir para Asgard convocando a ponte do arco-íris. No caminho para a Cidade Eterna, o Deus da Trapaça e Thor são atacados por Hela e acabam indo parar no mundo conhecido como Sakaar, que é governado pelo Grão-Mestre(Jeff Goldblum) e onde encontra-se(sem nenhuma explicação convincente) o vingador Hulk(Mark Ruffalo).


Na parte mais chata do filme, Thor consegue neutralizar o disco de controle implantado em seu pescoço e forma uma equipe para retornar à Asgard e deter Hela. Este time é formado por Hulk, Valquíria(que trabalhava "recrutando" lutadores para as disputas do Grão-Mestre) e Loki. O roteiro exagerou nas "piadinhas"(embora algumas delas envolvendo o Hulk tenham sido boas) e não gostei de como Sakaar foi retratada na telona, de uma forma bem diferente do mundo hostil que é visto nos gibis.


Depois de finalmente conseguir voltar para Asgard(graças à um dos vários portais que podem ser encontrados em Sakaar), Thor e seus companheiros entram em guerra contra Hela e o filme volta a esquentar, com ótimas cenas de ação e decisões bem difíceis sendo tomadas pelo castigado Deus do Trovão.

O elenco manda bem nas atuações e gostei bastante da Hela construída pela atriz Cate Blanchett, que até merecia mais tempo na tela. Vale ainda um destaque negativo para o Grão-Mestre, que tem uma participação fraca e ainda protagoniza a cena pós-créditos mais inútil já vista nos filmes da Marvel(não vale a pena passar por todos os créditos só para ver aquilo...)


Ao contrário do que o trailer dava a entender, as valquírias surgem apenas em flashbacks, embora a personagem interpretada por Tessa Thompson não comprometa. O visual de Surtur(principalmente na reta final) ficou bom, e gostei também das presenças de Skurge(Karl Urban) e de Heimdall(Idris Elba). Já os demais asgardianos mais conhecidos aparecem bem pouco e Sif nem sequer dá as caras.


Entre erros e acertos o filme consegue divertir e poderia ser realmente épico se deixasse um pouco a comédia de lado e tivesse bebido mais em suas fontes e mostrado uma Sakaar mais bélica, mais "raiz". A primeira das cenas "escondidas" mostra a nave dos heróis sendo abordada por uma outra nave gigantesca, que deve estar levando Thanos para tocar o terror na Terra. E já estava quase esquecendo de registrar que Korg e Miek estão no filme e foram bem retratados(só não gostei da voz que deram para o homem de pedra). Nota: 8,5.

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