11/16/2017

Liga da Justiça


Contém spoilers!

Gostei do filme da "Liga da Justiça"("Justice League", 2017, Dur.: 121 min., Dir.: Zack Snyder), que mostra o Batman(Ben Affleck) e a Mulher-Maravilha(Gal Gadot) recrutando uma equipe de heróis para enfrentar a ameaça do Lobo da Estepe e seu exército de parademônios. Os três "recrutas" são o Flash(Ezra Miller), Cyborg(Ray Fisher) e Aquaman(Jason Momoa), cujas presenças já haviam sido anunciadas no filme "Batman vs. Superman".


O Lobo(Ciarán Hinds) é um ser de Apokolips que já havia tentado dominar a Terra vários anos antes e agora retorna para uma segunda tentativa. Seu objetivo é reunir três caixas maternas que foram espalhadas pelo planeta e lhe darão o poder para controlar todos os seres vivos.


A derrota do Lobo no passado fez com que as caixas ficassem sob os cuidados dos três principais povos que o confrontaram: os atlantes, as amazonas e os humanos. Nesta nova investida, o alienígena começa atacando as amazonas, depois investe contra os atlantes e fica cara a cara com os heróis quando tenta levar a terceira caixa, que foi usada para criar o Cyborg e também para ressuscitar o Superman(Henry Cavill).


Não esperava que o Homem de Aço retornasse dessa forma(achei que ele seria simplesmente "recarregado" pelo Sol), e gostei bastante do esforço conjunto da Liga para reviver o kryptoniano. Desorientado após sua ressurreição, ele luta brevemente contra seus colegas até ser levado de volta à razão por Lois Lane(Amy Adams), que tem uma participação pequena mas essencial na trama.


A química entre os membros da Liga funciona perfeitamente, com alguns momentos engraçados e conversas bem interessantes. Adorei estas versões do Aquaman(um casca grossa de bom coração) e do Cyborg(ainda atormentado pela tragédia que mudou drasticamente sua vida) que foram apresentadas e merecem destaque ainda as rápidas aparições de um Lanterna Verde(numa cena que me fez vibrar) e da belíssima Mera(Amber Heard).

As únicas ressalvas que faço ao filme vão para o Flash(que, ainda em início de carreira, mostra-se deslumbrado com os colegas e abusa das piadas sem graça), o final e o vilão. O embate decisivo da Liga contra as forças de Darkseid(citado apenas uma vez pelo roteiro) podia ter sido mais caprichado e o Lobo da Estepe acabou sendo um vilão bem genérico, que não acrescentou muita coisa.


As cenas de ação ficaram ótimas e foi bem divertido ver a Liga em ação, numa dinâmica que lembrou bastante o primeiro filme dos Vingadores. Este novo Superman teve a sua melhor encarnação até agora e a Mulher-Maravilha mais uma vez brilhou intensamente e merecia ter aparecido mais.


As cenas pós-créditos são ótimas e a segunda delas já indica os inimigos que a Liga enfrentará num segundo filme, com Lex Luthor(com um jeito bem menos afetado) e o Exterminador organizando uma equipe de vilões para confrontar o time do Batman. A primeira cena extra trouxe o Superman e o Flash apostando corrida, homenagem a um momento clássico dos gibis.


Longe de ser perfeito, este filme da Liga acertou por ser simples, divertido e explorar muito bem o potencial de personagens tão queridos como o Superman, o Batman, Aquaman e companhia. A DC aparentemente aprendeu com seus erros e já emplaca dois bons filmes em sequência. Nota: 7. (Editado em 20/03/2021, mudei os comentários sobre o Flash e a nota). 


* O Lobo da Estepe foi criado por Jack Kirby e apareceu pela primeira vez em fevereiro de 1972, na edição 7 da revista "New Gods".

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