Muito boa a sétima temporada de "American Horror Story"("AHS"), que ganhou o subtítulo de "Cult" e explorou o medo, a insegurança e a paranóia despertadas na população norte-americana após a eleição de Donald Trump como presidente do país em 2016. Na trama, a vitória de Trump fez com que o extremista Kai Anderson(Evan Peters) saísse das sombras com poder suficiente para criar um perigoso culto, que espalhou o terror por toda a comunidade em que vivia.
Peters foi o grande destaque da temporada ao viver o carismático e manipulador Anderson e também vários outros líderes de culto famosos ao longo da história, como David Koresh, Jim Jones e Charles Manson. As histórias reais destes sinistros personagens foram mostradas na série e mostraram-se tão ou mais assustadoras que os casos sobrenaturais por ela explorados ao longo dos últimos anos.
"Cult" caprichou nas cenas sangrentas e bizarrices(como sempre, em "AHS") ao longo de seus 11 episódios, que tiveram muitas reviravoltas, a volta do sinistro palhaço Twisty(visto na quarta temporada, intitulada "Freak Show") e mais uma ótima participação de Sarah Paulson, que interpretou a principal vítima e, depois, adversária de Kai. Depois da insana sexta temporada, "AHS" não perdeu o fôlego e brindou seu telespectador com pesadelos reais, que podem estar florescendo neste exato momento em nossas vizinhanças.
* O melhor episódio do ano foi "Valerie Solanas Morreu Pelos Seus Pecados: Imbecil", que trouxe Lena Dunham como Valerie Solanas, uma escritora e feminista radical que ficou famosa por tentar matar o artista plástico Andy Warhol em 1968. A série mostrou Solanas e suas seguidoras cometendo uma série de brutais assassinatos e criou a plausível tese de que elas foram as verdadeiras responsáveis pelos crimes atribuídos ao serial killer "Zodíaco".
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