11/25/2017

Justiceiro


Gostei da série do Justiceiro, que mostrou Frank Castle(Jon Bernthal) enfrentando um grupo de militares corruptos envolvidos com a morte da família do vigilante e que aproveitaram a Guerra do Afeganistão para lucrar usando os corpos de soldados mortos para transportar heroína. Castle chegou a fazer parte das operações ilegais organizadas por William Rawlins(Paul Schulze) e Billy Russo(Ben Barnes) em território estrangeiro.

Após ficar sabendo dos desmandos de seus ex-colegas o Justiceiro passa a caçá-los ao lado de David Lieberman, o Micro(Ebon Moss-Bachrach), um hacker que trabalhava para o governo, descobriu todo o esquema e precisou fingir sua morte para proteger as vidas de seus familiares.


Também envolvida com o caso está a agente Dinah Madani(Amber Rose Revah), que busca saber a verdade sobre tudo o que aconteceu no Afeganistão e acaba relacionando-se com Russo enquanto tenta localizar Castle. Toda a trama envolvendo estes personagens foi muito bem amarrada e levou a uma conclusão emocionante e incrivelmente sangrenta, com cenas fortíssimas.

Infelizmente, no entanto, o seriado demorou para engrenar e teve alguns episódios muito chatos, com cenas dispensáveis como as que mostravam Castle fazendo amizade com a esposa(Sarah, interpretada por Jaime Ray Newman) e os filhos de Lieberman(interpretados por Kobi Frumer e Ripley Solo). Também foi muito explorado o debate sobre o uso de armas pela população norte-americana e os efeitos da guerra nos soldados que voltam para casa.


Um desses soldados, Lewis Wilson(Daniel Webber), acaba sendo um dos vilões e também a peça central no ótimo décimo episódio, que colocou todas as peças do jogo no tabuleiro e definiu de forma bem clara quem eram os aliados e os inimigos do Justiceiro. Uma das maiores aliadas do anti-herói foi Karen Page(Deborah Ann Woll), que ajudou-o a encontrar informações sobre seus inimigos e quase morreu nas mãos de Wilson.

Tomara que a segunda temporada explore mais o Frank Castle como ele é nos gibis, realizando missões dentro da cidade, combatendo impiedosamente mafiosos, gângsters e demais criminosos de Nova York. Era isso, pelo menos, que eu esperava ver. A história acabou enveredando por outro caminho e ficou por demais arrastada, pois podia ter sido resolvida em oito ou dez episódios.


Em relação à violência, uma marca registrada do universo de Castle, ela demora para aparecer mas quando chega vem de forma arrebatadora, como nos dois episódios finais, quando o sangue chega a transbordar da tela. Quem conhecia o personagem Billy Russo, aliás, já imaginava que ele teria o destino que teve, e seria legal também vê-lo retornando eventualmente.

Entre erros e acertos acredito que o saldo é positivo, graças às boas atuações de Revah, Bernthal e de todo o elenco. Os flahsbacks que mostraram o passado de Castle com sua família ficaram ótimos e as palavras finais do Justiceiro foram de arrepiar e demonstram que até mesmo um soldado de elite tem medo do futuro e das mudanças trazidas pela vida.


* Billy Russo, o Retalho, foi criado por Len Wein e Ross Andru e apareceu pela primeira vez em outubro de 1976, na revista "Amazing Spider-Man" 161.

* Microchip, o clássico ajudante de Castle nos gibis, foi criado por Mike Baron e Klaus Janson e fez sua primeira aparição em "Punisher" Vol. 2 4(de 1987).

1 comment:

Cássius Rodrigues said...

Episódio 10 foi uma obra-prima!