1/12/2017

Martyrs


Muito bom o filme "Mártires"("Martyrs", 2008, Dur.: 99 min., Dir.: Pascal Laugier), que conta a sinistra história de Lucie(Mylène Jampanoï) que, quando tinha 10 anos, foi sequestrada e torturada em um prédio abandonado. Após conseguir escapar, ela vai morar em um orfanato e - profundamente traumatizada por todo o abuso sofrido no cativeiro - encontra um pouco de conforto na amizade da doce Anna(Morjana Alaoui).

Quinze anos depois a atormentada Lucie encontra e vinga-se de seus captores, e logo em seguida pede a ajuda de Anna, pois nem a morte de seus torturadores conseguiu acabar com as horríveis visões que a perseguem desde os tempos de criança. Ao chegar ao local, Anna primeiro acha que a amiga está louca por ter cometido o massacre, mas não demora a encontrar uma nova vítima escondida na casa e mergulha em um inescapável pesadelo.


O filme tem cenas fortíssimas e assustadoras, que começam com as visões de Lucie, continuam com a vítima encontrada na casa e depois chegam ao extremo nos 30 e poucos minutos finais quando Anna acaba virando o novo projeto da organização que estuda os mártires, pessoas capazes de suportar uma quantidade inimaginável de dor.

O objetivo dos vilões é tentar descobrir o que acontece no momento em que morremos, se existe alguma coisa depois, se existe vida após a morte. Anna termina revelando-se como uma mártir, e conta o que viu para uma das líderes da organização, que não aguenta essa verdade e comete suicídio antes de repassar a valiosa informação para os demais membros.


Além de todo o sangue e das cenas fortes de mutilação e tortura, o filme consegue assustar por causa desta sinistra busca dos fanáticos e dos perturbadores olhares dos mártires(vistos nas fotos e depois na face da pobre Anna). A produção tem uma reviravolta bem interessante, traz várias imagens de embrulhar o estômago e tem um final impactante e desolador. Este entra para a lista dos filmes mais apavorantes que eu já vi. Nota: 8,5.

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Já "Martírio"("Martyrs", 2015, Dur.: 86 min., Dir.: Kevin e Michael Goetz), refilmagem da produção francesa, não é nem um pouco assustador, tem poucas cenas fortes e salva-se apenas a boa atuação das protagonistas Troian Bellisario(Lucie) e Bailey Noble(Anna). A história foi muito alterada, ignorou elementos importantes(como a vítima encontrada por Anna no original) e focou mais na ação que no conteúdo. Nota: 4,5.


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