12/13/2018

Universo Marvel 19


Boa a edição 19 de "Universo Marvel", a última desta encarnação da revista, que teve como principal destaque a série do "Surfista Prateado" escrita por Dan Slott e desenhada por Michael Allred. Infelizmente, a Panini não dedicou sequer uma das dezenove capas ao Surfista, muitas vezes privilegiando artes bem fracas, como a deste número. Coube ao herói prateado, ao menos, a missão de encerrar a revista(com chave de ouro), que trouxe ainda uma página com os agradecimentos dos criadores Slott e Allred.


Nas duas partes finais de "Inumanos vs. X-Men", escritas por Charles Soule e Jeff Lemire e desenhadas por Javier Garrón e Leinil Francis Yu, os Inumanos conseguem escapar de suas prisões no Mundo e no Limbo, com destaque para a briga entre Colossus e Gorgon no Abrigo X.


Em Nova Jersey, Iso decide auxiliar Forge, que tem a sua máquina aperfeiçoada pela Menina da Lua, uma personagem que não é publicada no Brasil e eu nem sabia que era uma inumana. A genial garota cria versões portáteis da máquina, que são fabricadas na Ennilux e levadas até a Islândia, a próxima parada da nuvem terrígena.


Todos os personagens(NeoHumanos, Inumanos e X-Men) reúnem-se no local e a briga que começa a seguir é inevitável, com uma enlouquecida Emma Frost assumindo a ofensiva. Iso conta para Medusa que os mutantes resolveram atacar a nuvem para evitar sua extinção, e a rainha dos Inumanos não hesita e imediatamente a destrói.

Após o fim desta ameaça aos mutantes, a farsa de Emma Frost em relação à morte de Ciclope é revelada e ela joga sentinelas contra os Inumanos, que também são atacados por um mentalmente controlado Magneto(que destrói Cérebra em sua investida inicial).

Liderados por Medusa e Raio Negro, os Inumanos contra-atacam e Frost só não é morta ou detida pela rainha e por Magneto(que retoma o controle de suas ações) graças à uma inexplicável interferência de Destrutor, que por uma suposta dívida com o irmão salva a pele da telepata loira.


A aventura termina com o velho Fera sendo solto pelos X-Men, com Emma foragida e com Medusa abdicando ao trono dos Inumanos(por ter aberto mão da nuvem terrígena) e terminando sua relação com o Tocha Humana. Esta saga até que não foi das piores, mas esperava bem mais destes dois números derradeiros.

Já a conclusão de "Fabulosos Inumanos" foi totalmente absurda, com Maximus construindo um robô gigante(!), apesar de ter todo o conhecimento e os meios para produzir novos cristais terrígenos. O inumano louco usa o robô para defender-se da vingança do Inominável(que ataca dentro de um gigantesco monstro do Reino da Bocarra) e ainda termina a trama vendo-se como um herói.


A seguir, nas duas histórias do "Nova", vemos Richard Rider e Sam Alexander enfrentando e derrotando a corrompida Mente Global(que planejava invadir o universo positivo) e todo o Cancerverso. A dupla usa o cubo cósmico do Thanos do Cancerverso para escapar e voltar para casa. Esta série mensal teve apenas 7 edições e foi bem fraquinha.

E, finalmente, tivemos a história do Surfista, que mostrou o herói voltando para casa, liberando a energia vital de Dawn Greenwood em seu universo natal e ficando fora de fase para ocultar-se de Eternidade e Galactus até alcançar seu ponto de origem no tempo.

Nesta situação(onde assumiu - por reflexo - o disfarce de Nor-Vill), ele testemunhou o surgimento dos Vigias e do Destruidor de Mundos. Depois, assumiu uma forma corpórea e durante uma década inteira visitou a pousada dos Greenwood e desfrutou da companhia de Dawn e de sua família.


O Surfista contou tudo isto para seus amigos em Inkandessa, o planeta habitado exclusivamente por hologramas. Após encontrar seu lugar de direito na linha do tempo, Norrin Radd trouxe cinco novos holocasulos para o planeta, contendo as essências dele mesmo, de Eve, Costas, Regina(a bebê) e Reg. Desse modo, a Dawn holográfica poderia viver para sempre ao lado de seus entes queridos.


Já o Surfista estava sozinho de novo, mas não totalmente, pois a memória de Dawn sempre o acompanharia e também a todos os seres sencientes, pois o raio de energia por ele liberado no começo de tudo tornou-se a primeira luz do Universo, ecoando eternamente pelo tempo e recebendo de todos os povos o mesmo nome: Dawn(aurora, em Inglês).


O nome da personagem podia ter sido inicialmente traduzido(como a versão nacional deixa claro em duas ocasiões, fazendo um mea-culpa) para Aurora, mas não culpo a Panini por isso, pois não dava para imaginar que o autor realizaria na edição final esta bela e poética homenagem.

E eu, pessoalmente, sempre prefiro que o nome original dos personagens seja mantido. Para terminar, falta registrar apenas o fato de que o perfil energético do poder cósmico do Surfista agora é representado pela cor vermelha com pontinhos pretos, uma das marcas registradas da inesquecível Dawn. Só espero que as versões futuras do Surfista mantenham este pequeno, mas essencial, detalhe.

Dawn, descanse em paz!

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