2/13/2016

Deadpool


Muito bom o filme do "Deadpool"(2016, Dur.: 108 min., Dir.: Tim Miller), que assisti num cinema lotado na noite de ontem, com diversas explosões de gargalhadas surgindo a todo momento. Extremamente divertida desde o começo, a produção conta a história do mercenário Wade Wilson(Ryan Reynolds), que logo após encontrar a felicidade ao lado da sensual Vanessa(Morena Baccarin) descobre que está com câncer terminal.


Desesperado por uma cura, ele acaba aceitando uma nebulosa proposta que o leva a um laboratório clandestino liderado por Ajax(Ed Skrein), codinome de Francis Freeman, que passou pelo mesmo tratamento e agora é superforte e incapaz de sentir dor. O cruel e torturante processo salva a vida de Wilson, mas deforma seu corpo e faz com que ele mantenha-se afastado de Vanessa.


A partir daí, Wade inicia uma insana busca por vingança contra Ajax e seus associados, que culmina num grande duelo entre os dois, depois que o vilão - é óbvio - sequestra e ameaça a vida de Vanessa. O filme tem ótimas cenas de ação, alguns momentos hilários e a história funciona perfeitamente.


As inúmeras piadas contadas por Deadpool são o grande destaque do filme, e ninguém escapa da zoação, que atinge os X-Men, Batman e Robin, Hugh Jackman(o intérprete de Wolverine), o próprio mercenário e Ryan Reynolds, cujos fracassos anteriores em filmes de super-heróis não são esquecidos(como o protagonista do fraco Lanterna Verde e na desastrosa aparição de Deadpool no primeiro filme solo de Logan).


Reynolds está muito bem como o amalucado anti-herói e sem dúvida conseguiu redimir-se das já citadas bombas. Destaque ainda para a presença de Morena Baccarin, que rouba a cena como a gostosa Vanessa, para os vilões Ajax e Angel(Gina Carano) - que não comprometem - e para a simpática participação especial de Stan Lee.


Fiquei dividido em relação ao Colossus(voz de Stefan Kapicic), que é mostrado como um veterano dos X-Men que quer levar Wilson para atuar ao lado da equipe. O visual(feito em CGI) de Peter Rasputin não ficou lá essas coisas e - como eu suspeitava - seu discurso bitolado só serviu para que ele fosse zoado pelo Deadpool. Por outro lado, ele tem algumas boas cenas de ação(enfrentando Angel) e fui às lágrimas de tanto rir de seu combate contra o mercenário tagarela.


A outra x-man que aparece é Míssil Adolescente Megassônico(Brianna Hildebrand), personagem bem lado B que só foi incluída por causa de seu estranho codinome mas também ganha seus momentos de brilho. Não sou fã do Deadpool, mas devo reconhecer que ele tem passado por uma boa fase nas HQs e conseguiu protagonizar uma grande comédia de ação. A safra 2016 dos filmes de super-heróis começa com o pé direito, e fica a torcida para que os próximos mantenham este altíssimo nível. Nota: 8,5.


***

Deadpool foi criado por Fabian Nicieza e Rob Liefeld e apareceu pela primeira vez na edição 98 de "The New Mutants"(de 1990). Seu surgimento marca uma fase em que as histórias dos mutantes eram bem fracas, e grupos como os Novos Mutantes foram descaracterizados. Daí vem a minha antipatia pelo personagem, que mais tarde foi reformulado por Joe Jelly e ganhou a veia cômica que tornou-se sua marca registrada e faz sucesso até hoje.

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