Star Wars - O Despertar da Força

Bom o filme "Star Wars - O Despertar da Força"("Star Wars: The Force Awakens", 2015, Dur.: 135 min., Dir.: J. J. Abrams), que mostra novos e velhos heróis unindo-se para enfrentar a Primeira Ordem, organização que surgiu das cinzas do Império e agora põe em risco toda a galáxia.

Os dois novos heróis, que dominam a primeira parte do filme, são Rey(Daisy Ridley) - uma coletora de lixo que vive sozinha e sonha em reencontrar sua família - e Finn(John Boyega) - um stormtrooper que não concorda com as ações violentas da Primeira Ordem e decide mudar de lado após presenciar um massacre de pessoas inocentes.

Já os personagens das antigas que estão de volta são Han Solo(Harrison Ford), Chewbacca, a General Leia(Carrie Fisher) e Luke Skywalker(Mark Hamill), além - é claro - dos dróides C3PO(com um braço vermelho) e R2D2(que passa a maior parte da produção inativo mas dá seus bipes nos minutos finais).

Na história, a Resistência à Primeira Ordem tenta descobrir o paradeiro de Luke, que desapareceu após uma grave tragédia que mudou as vidas dele, de Han e Leia. Esta busca acaba unindo os caminhos de todos os citados acima, que precisam enfrentar o maligno Kylo Ren(Adam Driver) e a Primeira Ordem, que é comandada pelo Líder Supremo Snoke(Andy Serkis), construiu uma nova e devastadora arma e pretende aniquilar todos os seus opositores.

O filme tem boas cenas de ação, um duelo de sabres de luz que ficou muito bom e uma grande sequência final, que é bem semelhante à conclusão do "Episódio IV". A reaparição dos personagens clássicos também é um ponto alto, com destaque para o emocionante reencontro entre Han e Leia.

Não gostei muito dos vilões que, apesar de terem as motivações certas para as suas ações, passam longe de ter o mesmo carisma dos antagonistas vistos na trilogia clássica. Até mesmo o grande plano maligno é o mesmo, com a Estrela da Morte sendo substituída por um "Planeta da Morte".

Os novos protagonistas, por sua vez, funcionaram perfeitamente, com destaque para a carismática e habilidosa Rey e suas bem construídas parcerias com Finn, Han, Chewbacca e BB8, um dróide que conseguiu ser tão legal quanto o veterano R2. Já Poe Dameron(Oscar Isaac), o melhor piloto da Resistência, aparece pouco e foi eclipsado pelos demais personagens, embora tenha grande importância na trama.

O páragrafo a seguir contém spoilers.

A revelação de quem são os pais de Rey ficou para mais tarde, mas provavelmente ela deve ser filha de Luke, o que explicaria seu grande domínio da Força. O vilão Kylo Ren é Ben, filho de Han e Leia que migrou para o lado sombrio e numa das cenas finais acaba assassinando seu pai. Derrotado e desfigurado por Rey, Kylo escapou da morte por pouco e deve retornar no episódio VIII.

O final não desaponta e deixa caminho aberto para os próximos filmes, que deverão mergulhar ainda mais nos dramas familiares vistos neste episódio. Nota: 8,5.