6/09/2015

A História Sem Fim


Há muito tempo atrás eu, meu irmão e meus pais costumávamos passar as férias na cidade de Maricá, no interior do Rio de Janeiro.

Numa dessas saudosas viagens, provavelmente em um Carnaval, uma de minhas amigas emprestou-me um livro que eu jamais esqueci: "A História Sem Fim".


Chovia o tempo todo, pelo que me lembro, e este livro com letras coloridas acompanhou-me durante todo o tempo. Lia o máximo que podia, entre os jogos de cartas, as comilanças e as brincadeiras da nossa turma.


Como todas as coisas boas, esta viagem à Maricá chegou ao fim. E durante a volta para casa, toda a criançada era reunida em um caminhão ou kombi.

Sem conseguir chegar ao fim da história, tive que devolver o livro para minha amiga com um aperto no coração e lágrimas nos olhos. Ela partiu, deixando-me sem o fim da história e com uma lacuna que durou vários anos.

Nunca encontrei outro exemplar da obra de Michael Ende e, sinceramente, nem sabia o nome do autor até que recentemente comprei o livro pela internet.

Agora um adulto, pude finalmente matar a vontade de ler a história até o final.

História esta que mostra o reino mágico de Fantasia sendo consumido por um Nada(que é igualzinho à onda de antimatéria que já devastou o Universo DC), que só pode ser detido se a imperatriz Criança receber um novo nome de um filho dos homens.

O bravo Atreiú e Fuchur(um Dragão da Sorte) passam por inúmeras e emocionantes aventuras para encontrar o salvador e trazê-lo à Fantasia.

A primeira parte da história é muito boa, e termina com o jovem Bastian Baltasar Bux salvando Fantasia.


A segunda parte mostra as andanças de Bastian pelo reino e começa meio chata, mas a narrativa logo torna-se interessante novamente, pois fica claro que o salvador de Fantasia encontrará muitas dificuldades para conseguir retornar para casa.

As páginas finais tem um quê de terror, e o final(?) da história não desaponta.

Recomendo a "História Sem Fim" para todas as pessoas que gostam de histórias. Recomendo, ainda, que você não largue seu exemplar até terminar de lê-lo. Não cometam o mesmo erro que eu cometi nas chuvosas estradas de Maricá.

* Meu exemplar foi editado pela Martins Fontes e lançado em 2011.

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