Mais um poema de minha autoria:
"O Preço
Como pedalar no escuro
Por entre ônibus e caminhões
Em pontes estreitas
Em espaços restritos
Como navegar em rios sem água
E mesmo assim estar prestes a se afogar
A cada janela, a cada parada
A cada desejo, a cada passagem
Como sentir medo da solidão
Mas gostar de ser só
As coisas cheias de pó
Parecem tão mais naturais
Como perder-se de propósito
Em um labirinto de sonhos
Com paredes transparentes
E corredores abstratos
Como sentar à mesa com estranhos
Para fazê-los felizes
Em troca de algo que já não quero
Mas insisto em receber
A qualquer preço, ao preço de minha alma."
* Esta é a impressionante milésima postagem do blog.
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