4/05/2015

Azul é a Cor Mais Quente


Bom o filme "Azul é a Cor Mais Quente"("La vie d'Adèle - Chapitres 1 et 2", 2013, Dur.: 179 min., Dir.: Abdellatif Kechiche), mas confesso que esperava mais da produção, que adaptou para o cinema a excelente HQ de Julie Morah. A história de amor entre Adèle(que no gibi chama-se Clémentine) e Emma continua poderosa, mas as mudanças feitas em relação ao texto original não funcionaram. O final, por exemplo, ficou bem insosso e partes fundamentais também ficaram faltando, como a reação dos pais de Adèle(Adèle Exarchopoulos) ao romance com Emma(Léa Seydoux).


Por ser muito longo, o filme também acabou perdendo muito da poesia da HQ e a última hora demora para passar, enquanto vemos Adèle ser engolida pela tristeza causada pela ausência de sua amada. O reencontro no restaurante recupera um pouco da chama mostrada no começo, mas não é suficiente para encobrir toda a enrolação e o distanciamento do belo final original.


Voltando à já citada parte boa do filme, as protagonistas estão muito bem como as jovens que apaixonam-se e a química do casal transborda da tela, principalmente nas ousadíssimas cenas de sexo. Destaque também para as belas sequências no parque e para os ótimos diálogos que marcam o começo do romance entre Adèle e Emma.


Minha sugestão: veja as primeiras 2 horas do filme(os minutos finais podem ser pulados) e depois leia a magistral HQ de Maroh. As quentes cenas entre Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux e o poético gibi juntos darão um ótimo entretenimento. Nota: 7.

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