Boa a segunda(e, de acordo com todos os indícios, última) temporada de "Justiceiro", que mostrou o vigilante Frank Castle(Jon Bernthal) tendo que lidar com a fuga de seu arqui-inimigo Billy Russo(Ben Barnes) do hospital e com uma conspiração para proteger a imagem de um senador que ameaça a vida de vários inocentes, como a jovem Amy Bendix(Giorgia Whigham).
O habilidoso e misterioso assassino John Pilgrim(Josh Stewart) lidera a caçada contra Amy, e Russo alia-se à psicóloga Krista Dumont(Floriana Lima) para cometer mais maliciosos atos de vilania. Merecem destaque ainda os retornos da agente Dinah Madani(Amber Rose Revah), de Curtis Hoyle(Jason R. Moore) e Karen Page(Deborah Ann Woll) - numa pequena(mas essencial) participação.
A trama é bem arrastada no começo e só empolga mesmo a partir do décimo episódio. Os quatro últimos capítulos estão repletos de ação(cada vez mais brutal, com sangue pingando da tela) e emoção e conseguiram compensar o chato início, que apostou demais na aborrecida relação entre Russo e Krista(que tornou-se - de forma disparada - a pior coisa que já aconteceu nas séries da Marvel na Netflix).
Isso sem falar que as quatro ou cinco cicatrizes que ficaram no rosto de Russo passam longe de fazer jus ao vilão Retalho das HQs e, até mesmo(e mais reprovável), ao nível dos ferimentos impostos a ele por Castle na conclusão do primeiro ano. Pilgrim foi um vilão legal até, mas bem que a fria matriarca Eliza Schultz(Annette O'Toole, que fez a mãe de Clark Kent em "Smallville") podia ter aparecido mais.
É uma pena que o seriado não tenha apostado no Justiceiro que aparece nas cenas finais, onde ele arma uma arapuca e extermina duas gangues ao mesmo tempo. Sua aliança instantânea e inquebrável com Amy ficou um pouco forçada, e em 13 episódios bem que podiam ter sido contadas outras aventuras de Castle. Entre erros e acertos, o Justiceiro de Bernthal despede-se com saldo positivo e fica agora a expectativa pela próxima versão em carne e osso do personagem.
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