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11/03/2016
Doutor Estranho
Bom o filme "Doutor Estranho"("Doctor Strange", 2016, Dur.: 115 min., Dir.: Scott Derrickson), a mais recente produção do Marvel Studios a chegar aos cinemas. A história apresenta o Doutor Stephen Strange(Benedict Cumberbatch), um arrogante e brilhante cirurgião que tem as mãos destruídas após sofrer um grave acidente de carro e fica impossibilitado de continuar exercendo a sua profissão.
Frustrado e obcecado por uma cura, Strange viaja até o Nepal e acaba tomando conhecimento de um novo mundo, que envolve projeções astrais, armas e portais mágicos, e todo um "multiverso" repleto de maravilhas e ameaças. Strange torna-se um aluno da maga suprema Anciã e também é treinado pelos experientes Mordo e Wong(Benedict Wong), o bibliotecário do templo de Kamar-Taj. A Anciã(Tilda Swinton) atua como uma protetora de nossa realidade contra invasores de outras dimensões.
O vilão com mais tempo em cena é Kaecilius(Mads Mikkelsen), um antigo aprendiz da Anciã que voltou-se contra sua mestra e está decidido a entregar esta dimensão nas mãos do poderoso demônio Dormammu, que aparece nas cenas finais. Gostei de como o famoso vilão das HQs foi representado, e o visual da Dimensão Negra também ficou ótimo.
Cumberbatch está muito bem como o Mago Supremo, tanto no visual quanto na atuação, construindo um personagem bem carismático. Os dois itens mais conhecidos de Strange estão presentes: o Olho de Agamotto e o Manto de Levitação, responsável por alguns dos momentos mais engraçados da trama.
As cenas de ação ficaram boas também, e os efeitos especiais deram um charme todo especial para o filme, principalmente os que compuseram a traumática introdução de Strange no mundo das artes místicas e os que mostraram a realidade sendo alterada pelos poderes mágicos dos personagens.
A bem-sucedida cartilha dos filmes da Marvel foi seguida à risca e mais uma vez deu resultado positivo, apesar de alguns poréns, que enumerarei a seguir. O tom bem-humorado(que funcionou na série do "Homem de Ferro" e em "Guardiões da Galáxia") acabou gerando algumas piadas meio forçadas, principalmente na parte final do filme.
A personagem de Rachel McAdams(a médica Christine Palmer) não funcionou como interesse romântico de Strange e ficou totalmente perdida na trama. Os cabelos brancos de Clea(amada de Estranho nos gibis) fizeram muita falta, e sua presença nos próximos filmes deve ser acertada de forma urgente.
Kaecilius também não empolgou e terminou sendo um vilão bem genérico. Dormammu podia ter sido mais explorado, mas ao menos o filme conseguiu introduzir de forma competente uma futura ameaça: o Barão Mordo(Chiwetel Ejiofor), que aqui atua como aliado de Strange mas ganha ótimos motivos para tornar-se um inimigo do Mago no futuro.
No geral, o filme foi bem divertido de assistir e o universo do Doutor Estranho mostrou-se deveras promissor. Fica a torcida para que as prováveis continuações tragam outros elementos conhecidos da mitologia do personagem, como as criaturas Sem-Mente e a já citada Clea(sim, considero imperdoável a sua ausência neste primeiro filme). Nota: 8.
* Dormammu foi criado por Stan Lee e Steve Ditko, e apareceu pela primeira vez em "Strange Tales" 126(de novembro de 1964). O Karl Mordo também foi criado por Lee e Ditko e fez a sua primeira aparição na edição 111 de "Strange Tales".
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