"Parte 6 de 12: GRANDES PODERES...
Ela viu toda a sua família ser morta em poucos minutos. Primeiro, sua mãe. Depois seu pai, que em vão tentou enfrentar a criatura. E, finalmente, seu irmão. Ele sentiu um medo tão grande que não foi capaz sequer de esboçar alguma reação.
O monstro de quatro braços e duas bocas agora se virara para ela. O seu olhar era frio, morto. Após dar um grito horrível, ele começou a avançar em sua direção. A menina, então, fez um gesto com sua mão, ordenando que o monstro parasse. E ele parou. Ficou imóvel como uma estátua. Ao se certificar de que não corria mais perigo, pelo menos por enquanto, ela olhou para os restos dos corpos de seus parentes e chorou. Não era para ser assim.
- O que eu fiz? Como pude ser capaz disso? - ela gritou - Eu quero que todos vivam novamente. Agora!!!
Nada aconteceu.
- O que está errado? Eu dei uma ordem. Porque o que eu desejei não aconteceu?
- E você ainda pergunta?
A estranha voz veio do congelado monstro, e assustou muito a garota. O monstro continuou:
- Você pediu que um horrível monstro aparecesse e não mediu as conseqüências desse seu estúpido ato?
- Porque você tinha de matá-los?
- Porque você tinha que me chamar? Não estava satisfeita com tudo o que conseguiu?
- Eu só queria um pouco de diversão. Achei que seria legal ter um monstro só para mim. Mas quando você apareceu, eu não pude controlá-lo.
- Os monstros não podem ser controlados? Não é verdade?
- Eu acho que sim.
A garota, então, abaixou a cabeça.
Ela aprendera uma grande lição.
Estalou os dedos e o monstro desapareceu.
Uma lágrima caiu de seus olhos e, quando levantou a cabeça, olhou por uma última vez para os restos de sua família.
No minuto seguinte, ela já estava sentada na areia, em frente ao mar, em alguma praia anteriormente desconhecida por olhos humanos.
Estava sozinha, totalmente isolada. Precisava de tempo para pensar em tudo que lhe acontecera nos últimos dias.
Os poderes haviam lhe dado muita coisa, mas também lhe tiraram tudo que realmente importava.
Era estranho que tanta força repousasse sobre seus ombros.
Ela não sabia o que iria fazer em seguida.
Mas, sem dúvida, não tinha intenção de desistir da sua família..."
Continua na próxima semana...
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