Governo do Irã condena o filme 300 de Esparta
(http://www.estadao.com.br)
TEERÃ - O governo do Irã fez duras críticas ao filme 300 de Esparta, em que o ator Rodrigo Santoro interpreta o imperador persa Xerxes, e afirmou que o longa é um ataque à cultura iraniana.
O filme quebrou o recorde de bilheteria de produções lançadas no mês de março nos Estados Unidos. Arrecadou US$ 71 milhões (R$ 142 milhões) em seu primeiro fim de semana de exibição, superando A Era do Gelo 2, que também estreou em um mês de março e arrecadou US$ 68 milhões (R$ 136 milhões). No Brasil, o filme deve estrear no dia 30 de março.
300 de Esparta, dirigido por Zach Snyder (Terra dos Mortos), é baseado na graphic novel de Frank Miller (Sin City). Reconta a batalha de Termópilas, liderada pelo guerreiro espartano Leônidas (Gerard Butler) e 300 dos melhores guerreiros de Esparta contra o exército gigantesco do imperador Xerxes (interpretado por Santoro), da Pérsia, que esperava invadir e conquistar a Grécia. Ou seja, um embate entre o Ocidente e o Oriente.
Javad Shamqadri, conselheiro cultural do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, disse que o filme é uma "guerra psicológica" contra Teerã e seu povo, mas a cultura iraniana é forte o bastante para agüentar o ataque.
"Autoridades culturais americanas pensaram que poderiam ter satisfação mental saqueando o
passado histórico do Irã e insultando esta civilização", afirmou o conselheiro. "Depois da Revolução Islâmica no Irã, Hollywood e autoridades culturais dos Estados Unidos iniciaram
estudos para descobrir como atacar a cultura iraniana. Certamente, este filme é produto destes
estudos", acrescentou.
´Guerra´
As críticas ao filme também ganharam espaço na imprensa iraniana. "Hollywood declara guerra aos iranianos", afirmou a manchete do jornal Ayandeh-No.
De acordo com a publicação, o filme "tenta dizer às pessoas que o Irã, que agora está no Eixo do Mal, é a fonte do mal há muito tempo e os ancestrais dos iranianos modernos são selvagens feios e estúpidos como os mostrados em 300".
Três membros do Parlamento iraniano também escreveram ao Ministério do Exterior para protestar contra a produção e exibição do que chamaram de "filme de Hollywood anti-Irã".
Esta não é a primeira vez que o Irã protesta contra um longa de Hollywood.
Em 2004, houve escândalo no Irã devido ao épico Alexandre, dirigido por Oliver Stone, que mostrou o general da Macedônia conquistando facilmente o império persa.
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