9/10/2006

Notícias

Natascha Kampusch sempre pensou em fugir durante seqüestro
Agência Lusa

Viena - A jovem austríaca Natascha Kampusch afirmou numa entrevista publicada hoje pelo semanário News, que sempre pensou em fugir durante os oito anos que esteve seqüestrada e que "sonhou decapitar" o seu raptor.

"Estava obcecada com a fuga. Sempre pensei qual seria o momento oportuno para fugir", mas "não podia arriscar", ele era "paranóico e ameaçava-me", refere Natascha sobre o seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, que se suicidou na noite em que a jovem conseguiu fugir.

"Prefiro não falar muito de Priklopil, porque não está aqui para se defender. Não é bom dizer mal de um morto, sobretudo se a mãe estiver viva", afirma ainda na entrevista ao News.

"Tive maus pensamentos também. às vezes sonhava decapitá-lo se tivesse um machado", adianta no mesmo jornal.
O News publica também fotografias atuais da jovem de 18 anos, sequestrada há oito no caminho da escola para casa.

Numa outra entrevista publicada no diário Kronen-Zeitung, Natascha refere que uma vez tentou saltar do carro em andamento, mas foi impedida.
Hoje, a televisão pública austríaca também emitiu uma entrevista com Natascha Kampusch.

No futuro, Natascha diz que gostava de estudar psicologia, jornalismo ou direito e que tem dois projetos: "Um para mulheres mexicanas, seqüestradas, torturadas e violadas e outro para pessoas que passam fome em África", explicou.


Polícia detém oito acusados de linchar suposto bruxo na Bolívia

Um suposto bruxo foi linchado por habitantes de uma comunidade rural do departamento (Estado) do Beni, no norte da Bolívia, e a polícia deteve oito pessoas acusadas de cometer o crime, informou ontem a Promotoria do Distrito. O homicídio foi cometido na última terça-feira (5), no povoado de Camiaco, cerca de 70 quilômetros ao sul da cidade de Trinidad, explicou o promotor Iver Vargas, encarregado da investigação. Segundo Vargas, a vítima foi Vidal Morales, 27. Ele foi espancado, queimado e esfaqueado por seus vizinhos da comunidade Loma del Amor. Até mesmo alguns parentes do suposto feiticeiro, entre eles seu sogro e um de seus primos, teriam participado do linchamento. Eles disseram que temiam os rituais de Morales. O primo, Antonio Fernández, declarou aos jornalistas que a comunidade tinha tomado a decisão de matar Vidal depois de surgirem os indícios de que ele havia sido responsável pela morte de cinco moradores, entre eles seu próprio irmão e uma prima. Os habitantes de Loma del Amor foram até Camiaco na terça-feira e entregaram o acusado às autoridades. Mas ele foi liberado por falta de provas. Segundo o promotor, na Bolívia "a bruxaria não é um crime". Assim, os camponeses resolveram fazer justiça pelas próprias mãos para impedir que Morales supostamente continuasse prejudicando as pessoas com suas artes ocultas.

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