Mais um poema de minha autoria:
"Desconstruídos
Olho em teus olhos
E me despeço
Somos agora como um só
Aqui, no topo da cidade,
Esperando a onda de anti-matéria
Nos devorar...
Limpo as tuas lágrimas
Tento te acalmar, mas
Sei que é tarde demais
Junto teu corpo ao meu
E sinto o monstro nascer
do teu peito...
Beijo estes lábios
Que parecem, mas não são teus
Ouço as gargalhadas sinistras
E tuas blasfêmias, pouco antes
De ter minha carne em teus dentes
E minha alma em tuas mãos...
Sempre ao teu lado
Correndo pelas ruas lotadas
Na tola busca por um abrigo
Sendo consumidos pelo fogo
Das pedras que iluminaram o céu
E devastaram a Terra...
Tentamos fazer silêncio, mas eles
nos encontraram, horda do inferno
Vi a tua carne e a minha
Serem dilaceradas pelos dentes nervosos
dos desmortos, que nos reduziram
à nada, duas reles pocinhas no chão."
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