2/10/2007

Escolhas

Numa cena de "Mar Adentro", o protagonista - paraplégico - imagina um vôo até a praia para encontrar-se com a mulher que gosta. Quando um homem perde tudo, só lhe resta a imaginação, a liberdade de pensar no que quiser, algo que às vezes não damos importãncia.

Mas é claro que isso não é o bastante, pois a tendência é ficar pensando no que foi perdido e a mente acaba virando uma nova prisão, um novo tormento.

Para mim, a liberdade de pensamento é uma das coisas que nos tornam especiais, e por isso devemos respeitar todo e cada pensamento, desde que, é claro, esse pensamento não leve ao sofrimento de outra pessoa.

Assim, se alguém deseja morrer para ser poupado de uma existência que considera indigna, devemos respeitar esse desejo e proporcionar alívio para esta tão calejada alma.

A vida deve ser defendida a todo custo, dirão alguns. Mas até mesmo ao custo da miséria e frustração de um indivíduo? Quando o indivíduo em questão tem a chance de fazer uma escolha entre vida e morte, esta escolha deve ser respeitada.

"Fecho os olhos
E já não estou preso
Posso voar até você
E senti-la como nunca antes"

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