"No Fair! No Fair, No Fair!"
Um dos filmes de terror que marcou minha infância foi "Cemitério Maldito"("Pet Sematary", 1989, Dir.: Mary Lambert, Dur.: 103 min.), inspirado em um livro de Stephen King, que conta a história do médico Louis Creed(Dale Midkiff) que, após mudar-se com a família para uma casa próxima à uma perigosa estrada, acaba vendo sua vida transformada num inferno. A casa também fica perto de um cemitério indígena que ressuscita todas as coisas que lá são enterradas.
O sinistro poder do local começa a afetar a vida e a mente de Louis, que primeiro enterra o gato da família e depois o corpo do filhinho, atropelado por um caminhão na rodovia. Quando o pequeno Gage volta dos mortos, não mais como um inocente bebê, a tragédia abate-se de vez sobre Creed e todos ao seu redor. Apesar dos efeitos especiais datados e de algumas cenas estranhas, o filme ainda consegue assustar e tem alguns momentos bem sinistros, que eu listo abaixo:
- a cena da morte de Gage, que ficou perfeita, com a família indo da felicidade extrema para um sofrimento extremo em questão de segundos.
- a história que Rachel(Denise Crosby) conta sobre a sua moribunda tia, que gerou talvez a cena mais angustiante do filme.
- a marcante participação do vizinho Jud Crandall(Fred Gwynne), primeiro contando a história do cemitério para Louis e depois quando ele "brinca" com Gage.
- a fantasmagórica risada de Gage, que é reproduzida até no clipe da música "Pet Sematary", que os Ramones fizeram para a trilha sonora do filme.
- e a cena em que Louis precisa lutar contra o filho e injeta-lhe uma droga para que ele morra novamente. A fala final de Gage é de arrepiar: "Não é justo, não é justo..."
"Cemitério Maldito" é realmente um singelo clássico do terror, que fala da vida e da morte como poucas produções do gênero já fizeram. Nota do filme: 7,5.
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