5/27/2007

Um Certo Olhar

Cannes premia diretor que morreu aos 27 anos em "Um Certo Olhar"
da France Presse, em Cannes

O prêmio máximo da mostra "Un Certain Regard" ("Um Certo Olhar") do 60º Festival de Cannes foi entregue neste sábado ao filme "California Dreaming", do diretor romeno Cristian Nemescu. O cineasta morreu em agosto passado, com apenas 27 anos.

Nemescu e seu sonoplasta, Andrei Toncu, morreram em 24 de agosto de 2006, em um acidente
automobilístico.

"California Dreaming" conta a chegada a um povoado romeno de um trem carregado com material da Otan, durante o conflito no Kosovo, no ano de 1999. Escoltado por soldados americanos, o carregamento atravessa a Romênia sem documentos oficiais. A chegada dos estrangeiros gera agitação na cidade.

No total, 22 longas-metragens foram selecionados nessa mostra, incluindo "Calle Santa Fé", da chilena Carmen Castillo, "El Baño del Papa", dos uruguaios Enrique Fernandez e César Charlone (que mora no Brasil e foi indicado ao Oscar pela fotografia de 'Cidade de Deus"), e "Una Noiva Errante", da argentina Ana Katz.

O juri da seção, presidido pela cineasta francesa Pascale Ferran, concedeu o prêmio especial do júri à franco-italiana Valeria Bruni-Tedeschi, por "Le Rêve de la Nuit d'Avant", filme que retrata uma atriz assombrada por um papel em uma peça de Tourgueniev.

"Bikur Hatizmoret", do israelense Eran Kolirin, recebeu o prêmio Coup de Coeur do júri. O filme conta as viagens dos membros de uma pequena fanfarra da polícia egípcia que se apresenta em Israel. Vítimas de um contratempo, eles se perdem no meio do deserto.

Crítica internacional
O prêmio da crítica internacional (Fipresci - Fédération Internationale de la Presse Cinématographique), reservado à competição oficial em Cannes, foi entregue a "4 Luni, 3 Saptamini si 2 Zile", do romeno Christian Mungiu. O juri da Fipresci também destacou "Bikur Hatizmoret" e "Elle s'Appelle Sabine", o último um documentário dirigido pela atriz francesa Sandrine Bonnaire, na Quinzena de Realizadores.

"Do outro Lado", do diretor turco-alemão Fatih Akin, ganhou o prêmio do júri ecumênico de Cannes. O filme conta os destinos cruzados, na Alemanha e na Turquia, de homens e mulheres de origens diferentes.

"Fomos sensíveis à dolorosa complexidade das perdas de referência e de relações, e à riqueza dos intercâmbios, passagens e convivências possíveis entre esses mundos", declarou o júri. O júri ecumênico é formado por seis profissionais do cinema e cristãos de diversas culturas.

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